quinta-feira, 13 de maio de 2010

Não veja a Veja!

Allan Gustavo (allangustavo182@hotmail.com)

Esse pequeno textículo, apesar de possuir um forte juiz de valor por parte de quem vos fala, que é o de ser contrário à Revista Veja e seu método irresponsável de publicação de notícias, serve apenas como introdução para a discussão que aparentemente envolve a Revista Veja e os antropólogos brasileiros, mas que envolvem também historiadores, indigenistas, entre outros estudiosos e ativistas relacionados à questão indígena, afro-brasileira etc.

Na matéria “A farra da antropologia oportunista”, na edição nº 18, ano 43, datada em 05/05/2010, os jornalistas da Revista Veja, Leonardo Coutinho, Igor Paulin e Júlia de Medeiros, falam sobre como funciona o sistema de demarcação de terras indígenas e quilombolas no Brasil, que é por meio de “uma declaração de seus integrantes e um laudo antropológico”, que segundo eles “é elaborado sem nenhum rigor científico e com claro teor ideológico de uma esquerda que ainda insiste em extinguir o capitalismo, imobilizando terras para a produção”. “Nesta reportagem, VEJA apresenta casos nos quais antropólogos, ativistas políticos e religiosos se associaram a agentes públicos para montar processos e criar reservas”, pois – segundo a reportagem – os antropólogos que realizam o laudo são membros de ONGs que sobrevivem do sucesso de tais demarcações, e que sendo assim chegam até mesmo a inventar tribos e comunidades quilombolas que nunca existiram com o intuito de garantir mais demarcações e consequentemente mais verba para suas respectivas ONGs. Para corroborar sua tese, utilizam de depoimento do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, que ele alega nunca ter dado.

Outro exemplo em que a Revista Veja supostamente “encomendou” uma matéria, foi no caso sobre “Che, na Edição Especial 2028 datada em 03/10/2007, em que a Revista alega conter o “verdadeiro perfil de Che” tendo contratado todos especialistas contrários a ele. Como diz o biógrafo de Che, John Lee Anderson (que respondeu publicamente sobre a matéria ao jornalista responsável, Diogo Schelp) “O que você fez com Che é o equivalente a escrever sobre George W. Bush utilizando apenas o que lhe disseram Hugo Chávez e Mahmoud Ahmadinejad para sustentar seu ponto de vista”.

Em vários episódios já se percebeu a falta de escrúpulos de grande parte da grande mídia brasileira para a publicação de suas matérias, como na edição do dia 5 de abril, em que a Folha de São Paulo publicou uma ficha falsa sobre a Ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (falando de sua atuação no período de Ditadura Militar no Brasil) que havia sido recebida anonimamente por email, em que não se procurou nem minimamente atestar sua veracidade, como por exemplo checar no arquivo do DOPS – que é onde ficam arquivadas todas as fichas de ex-presos políticos - antes da publicação. O resultado foi que, apesar de repudiar a publicação e confirmar algumas afirmações contidas na ficha sobre seu passado, Dilma conseguiu provar que a ficha era falsa, a partir de um laudo de especialistas da UnB (Universidade de Brasília) e pela declaração do coordenador do arquivo do DOPS, Carlos de Almeida Prado Bacellar que afirmou a inexistência de tal ficha no arquivo do DOPS. Logo depois a Folha se manifestou dizendo que realmente não procuraram atestar a veracidade de tal documento antes de sua publicação.

Não posso deixar de expressar a MINHA opinião sobre o assunto. No MEU ponto de vista, os meios de comunicação de massa no Brasil (acredito que em todo o mundo seja assim), são atrelados ao grande capital, e sendo assim, estão sempre pendendo ao lado mais forte, dos mais poderosos. Para perceber isso, basta analisar o papel da Rede Globo e da Folha de S.P. durante e depois do período de Ditadura Militar no país. Durante a Ditadura, aplicavam a autocensura e a censura interna, dizendo falsas verdadades que lhes eram convenientes - e ao governo também, claro - para que a grande parte da sociedade civil apoiasse ou se mantivesse neutra - o que já representa um ato político que colabora para a manutenção do quadro vigente - frente ao que estava acontecendo, e para que a ordem social, econômica e política se mantivesse. Quando o "tabuleiro do poder" começou a se modificar - com a abertura do regime -, essa mídia , percebendo a "nova ordem social" que estava por vir, mudou a sua forma de publicação, passando a valorizar a democracia e o fim do regime militar. Há portanto - por parte de todo o povo - que se ter muito cuidado ao ler, ver e ouvir as notícias e matérias de grande parte da mídia, para que não se reproduza as grandes baboseiras que são publicadadas, pois muitas dessas "verdades" que são divulgadas como absolutas, são criadas para direcionar o raciocínio de seus leitores/espectadores para determinado posicionamento, o que acaba por legitimar essas mentiras e injustiças.

Apesar de ser um pouco tendencioso, esse texto se difere das publicações da Revista Veja, por dar ao leitor a oportunidade dele próprio tirar suas conclusões sobre os acontecimentos, ao indicar as leituras integrais dos episódios por completo.

Abaixo estão os links para que os leitores tirem suas próprias conclusões sobre o episódio mais recente envolvendo a Revista Veja:

Matéria publicada na Revista Veja na edição nº 18, ano 43, datada em 05/05/2010.

Título: A farra da antropologia oportunista.

Link: http://veja.abril.com.br/050510/farra-antropologia-oportunista-p-154.shtml

Réplica do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro à Revista Veja:

Link: http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2010/05/04/imprensa35431.shtml

Nota da ABA (Associação Brasileira de Antropologia) referente à matéria publicada:

Link: http://antropologias.descentro.org/blog/archives/564

Site da ABA: http://www.abant.org.br/

Resposta da Revista Veja à declaração do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro:

Link: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/brasil-todo-mundo-indio-quem-nao-555649.shtml

Resposta do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro à resposta da Revista Veja:

Link: http://www.rodrigovianna.com.br/radar-da-midia/veja-responde-ao-antropologo-duvidas-persistem

Repercussão (censura) e suas conseqüências negativas:

Link: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/abril-demite-editor-que-criticou-veja-no-twitter.html

Crítica de especialistas (contrários à postura da Revista Veja):

Link: http://www.taquiprati.com.br/cronica.php?ident=860

Link: http://jornalismob.wordpress.com/2010/05/07/a-farra-da-producao-de-preconceitos/

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Sobre o caso de Che:

Matéria sobre Che na Revista Veja:

Link: http://veja.abril.com.br/031007/p_082.shtml

Resposta do Biógrafo John Lee Anderson ao jornalista Diogo Schelp da Revista Veja:

Link: http://pedrodoria.com.br/2007/11/12/veja-che-guevara-e-jon-leeanderson-seu-biografo/

Réplica de Diogo Schelp à John Lee Anderson:

Link: http://pedrodoria.com.br/2007/11/14/reinaldo-azevedo-defende-vejadas-acusacoes-do-biografo-de-che/

Resposta de John Lee Anderson à réplica apresentada por Diogo Schelp:

Link: http://pedrodoria.com.br/2007/11/18/jon-lee-anderson-e-sua-treplica/

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Sobre a suposta ficha da Ministra Dilma Housseff:

Links:

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=534IMQ011

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u556855.shtml

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/07/07/a-ficha-falsa-de-dilma/

terça-feira, 27 de outubro de 2009

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ditadura da televisão - Ponto de Equilibrio

Na infância você chora
Te colocam em frente da tv
Trocando suas raízes
Por um modo artificial
De se viver

Ninguém questiona mais nada
Os homens do poder
Agora contam sua piada
Onde só eles acham graça
Abandonando o povo na desgraça
Vidrados na tv
Perdendo tempo em vão, em vão.

Ditadura da televisão
Ditando as regras, contaminando a nação
Ditadura da televisão
Ditando as regras, contaminando a nação

O interesse dos grandes
É imposto, de forma sutil, sutil
Fazendo o pensamento do povo
Se resumir a algo imbecil
Fofocas, ofensas, pornografias
E pornografias, ofensas, fofocas
Futilidades ao longo da programação

Numa manhã de sol ao ver a luz
Você percebe que seu papel é resistir, não é
Mas o sistema é quem constrói as arapucas
Que você está prestes a cair

Da infância a velhice
Modo artificial de se viver
Alienação
Ainda vivemos aquela velha escravidão

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Society - Eddie Vedder

É um mistério para mim
Nós temos uma ambição que concordamos.
Você pensa que você tem que ter mais do que precisa.
Até você ter isso tudo,
Você não estará livre ainda.

Sociedade, sua raça louca.
Espero que você não fique só sem mim.

Quando você quer mais do que possui.
Você pensa que precisa.
E quando você pensa
Mais do que você quer.
Seus pensamentos
Começam a sangrar.
Acho que preciso
Encontrar um lugar maior.
Pois quando você tem
Mais do que você pensa.
Você precisa de mais espaço.

Sociedade, essa raça louca.
Espero que você não
Esteja tão só sem mim.
Sociedade, realmente loucos.
Espero que você não
Esteja tão só sem mim

Existe esses que pensam que "mais ou menos", menos é mais
Mas se menos é mais, como você pode continuar pontuando?
Significa que a cada ponto que você marca, sua pontuação cai
Meio que parece estar começando do topo
Você não pode fazer isso...

Sociedade, essa raça louca.
Espero que você não
Esteja tão só sem mim.
Sociedade, realmente loucos.
Espero que você não
Esteja tão só sem mim

Sociedade, tenha pena de mim
Espero que não fica com raiva, se eu não concordar...
Sociedade, realmente loucos.
Espero que você não
Esteja tão só sem mim

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

I know a place - Bob Marley

Quando o mundo
todo o decepciona
e não tem
para onde ir
pois os seus
melhores amigos
lhe deram as costas
você tenta se erguer
mas o mundo está
cheio de ódio
os melhores dos
seus pensamentos
um sonho
através do espaço
sei de um lugar
onde podemos viver
sei de um lugar
onde podemos viver
podemos viver
podemos viver
podemos viver
podemos viver
há gente como você
há gente como eu
que precisa ser livre
há um lugar ao sol
onde há amor
para todos
onde podemos ficar
sei de um lugar
onde podemos viver
sei de um lugar
onde podemos viver
podemos viver
podemos viver
podemos viver
podemos viver

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

de Omar Khayyam..

Amigo
não te entristeças!
Nada mais inútil,
nada mais vão
do que viver triste.

Na correnteza da vida,
que às vezes se encachoeira,
onde é rainha a injustiça,
e a hipocrisia faz lei,
segue ereto e sobranceiro,
sem que te culpem de nada.

E que não te impressione
o termo desta viagem.

Faze como se não existisses,
abstrai-te do mundo
e, sem temores e sem crenças,
vive livre,
vive feliz!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Tempo de amor

Quanto mais eu penso
Mais eu gosto
Daquele jeitinho diferente
Um riso descontraído
Lindo, sincero
Um olhar
Um corpo
Que me deixa louco
Ah, como eu queria
Sorrir ao seu lado
E seguir viagem
Sem destino nem hora marcada
Pois é tempo de amor..

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Homem animal


Homem, animal social
com instinto selvagem
sempre em busca do poder
alimentando a ganância
fonte de arrogância
bicho esquisito, egoísta
quer levar uma vida nada simplista
modismos, conforto, status
fama, dinheiro e carros
Cada um no seu caminho
tirando vantagem de tudo
e a maioria a se fingir de surdo-mudo

Hipócritas, corruptos
sem pudor e sem escrúpulos

Hoje conto meus desejos
alucinado, meio bêbado
com uma estranha sensação
que talvez seja o medo
Não, acho que não
é só desilusão
queria que o mundo
fosse um pouco diferente
mais pão, mais alegria
pra toda nossa gente.


* Revisado por Mariana Muniz.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Curtindo meu barato

Viajando em pensamentos vou trilhando meu caminho
Vou curtindo o meu barato e pode crer, não tô sozinho
Com uma garrafa de vinho debaixo do braço
Vejo a vida sem limites, perco noção do espaço
Com um sorriso no rosto e a alma lavada
Só quero paz e amor, e um som da pesada
Sento na beira de um rio, perto de uma morada
E logo mais ouço os gritos dos meus camaradas
Formou o bonde e agora é pé na estrada
Buracão, Chapada, Serra da Canastra
Cachoeiras, montanhas, muita caminhada
Paraíso escondido no meio do nada
Vivendo a vida livremente, alegria toda hora
Seguir em frente é meu caminho, essa é a minha história

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Indignação

[respiro fundo]
É, estou indignado. Acabo de presenciar uma cena no ônibus, voltando do cursinho, que mexeu muito comigo, com meus nervos. Um sujeito, muito simples, vendendo humildemente seus doces no ônibus, na tranquilidade, com toda simpatia, e um 'senhor' fala, dando uma pausa na leitura: "dá licença, não tá vendo que eu to trabalhando?"... Aí o vendedor "Calma senhor, eu também tô trabalhando!".. E o senhor não satisfeito continuou resmungando e discutindo com o vendedor dizendo pra ele ter mais respeito e ir estudar, ler, pra arrumar um emprego melhor. Eu fiquei tão chocado na hora, que fiquei sem reação, não acreditava no que ouvia de um sujeito que se julgava o senhor da sabedoria. Estou encucado até agora. Será que outras pessoas concordam com o senhor? O que seria um emprego melhor... algo que te dê status? muito dinheiro? Pois pra mim é o que te faz bem de alguma maneira, independente da fama ou do dinheiro. E que falta de consciência desse senhor, que se julga culto, mas pouco sabe sobre a realidade social de seu povo. Certamente, se o vendedor tivesse plenas condições pra estudar, sem ter que se preocupar em ganhar o mínimo pra dar de comer à sua família, fazê-lo-ia com toda certeza. É cada uma viu...

sábado, 15 de dezembro de 2007

Integração Informacional JÁ!

É lamentável pensar que a maior evolução do ser humano ainda não esteja a serviço de todos. Estou me referindo à livre circulação de informação. Neste mundo globalizado em que estamos inseridos, são assustadores os índices de analfabetismo e de passividade por parte dos povos latino-americanos. A televisão revolucionou os meios de comunicação, aumentando o número de notícias e a velocidade de difusão destas. O ponto negativo é que este aumento quantitativo de notícias não passa de uma sutil forma de se aplicar a censura. Bombardeado com milhares de notícias a cada instante, o telespectador se vê perdido sem saber selecionar o que melhor lhe convém. E a televisão exerce tal poder sobre o telespectador, manipulando-o de tal forma que o torna um boneco de marionete; ele pensa e age de acordo com o que a mídia televisiva dita. A imprensa escrita possui maior prestígio entre os letrados, pois permite ao leitor uma melhor seleção de notícias, propiciando conhecimento nas áreas de seu interesse, evitando a alienação. Pior ainda são as pessoas que não possuem nenhuma forma de informação. Somente se informando o cidadão se torna capaz de distinguir o que realmente está certo do que está errado. Saberia qual a maneira mais adequada de realizar um plantio, de cuidar melhor de sua saúde, além de saber julgar corretamente as pessoas que lhe furtam o que lhes pertencem. Desde a colonização da América que os países imperialistas agem de forma a evitar uma integração entre os países latino-americanos; (Exemplos: Na Argentina, nos trilhos de trem se usam bitola larga, enquanto no Brasil se usa bitola curta: isto impede uma integração ferroviária que ligue o norte do Brasil ao sul da Argentina, o que facilitaria o comércio e a informação regional entre os países; A voltagem na Argentina é de 220V enquanto no Brasil, em sua maioria se usa 110V o que impossibilita essa integração), tudo isso para evitar que tais países se unam de modo a se tornar um bloco forte e independente. O tempo passa e nada muda, somos ainda todos colonos subordinados às grandes metrópoles. BASTA! Cabe a cada um de nós, seres conscientes, que sentem o sangue correr nas veias, reverter esse decadente quadro de desigualdade social, política e informacional existente ao nosso redor, abraçando essa luta de peito aberto. Começando por abrir a cabeça das pessoas de seu convívio. Acho que é preciso uma atitude, e se formos esperar que nossos governantes façam algo, não estaremos aqui quando (se algum dia) as coisas começarem a mudar. O necessário seria que o governo criasse um “Jornal do Povo”, no qual suas matérias fossem direcionadas diretamente para o povo brasileiro (POVO, nãos as elites), incentivando a leitura e oferecendo maiores oportunidades de conhecimento e trabalho e é claro, que fosse acessível (no caso, gratuito); também incentivando essa iniciativa em outros países, criando parcerias e fortalecendo o bloco latino americano. É difícil fazer uma proposta de como seria isso, ainda mais sozinho... por isso escrevo esse texto, para que pessoas interessadas leiam e pensem na melhor maneira disso acontecer....

* Inspirado no livro: Comunicação e Desintegração na América Latina (Guillermo Piernes)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Louco Sem Destino

Idéias estranhas
atormentam o meu ser
vagando pela noite
a procura de prazer

sem limites
sigo em frente
quando me percebo

alucinado e perdido
cadê os meus amigos?

não sei pra onde foram
nem sei se voltarão
mas for favor não me deixem
sem o som de um violão

tiro uma gaita do bolso
e loucamente a tocar
para as corujas e gafanhotos
que não param no lugar

o céu está lindo
e as estrelas a brilhar
ouço o som da natureza
e sinto a lua a me acompanhar

será que voltarei ao normal?
amanhece mais um dia
é, nada mais será igual..

sábado, 8 de dezembro de 2007

Eu quero é paz



Feito um andarilho louco
estou sempre a procurar
um lugarzinho novo
onde eu possa me encontrar
futebol, água de coco
e um bom som pra acompanhar
Eu quero é paz!




Foto: Gugu Alves (Boipeba-BA)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Desabafo

Mais um dia
desencanto
descobrindo o passado
saber que está no lugar errado, na hora errada
não se vê mais aquela alegria
aquela paz e harmonia
o sucesso não é sucesso
o amor é banalizado
assim como o bom som
taxado de alternativo
soa como algo ilícito
valores supérfluos
futilidade nacional
esse é o meu brasil do bacanal
samba e mulher bonita
carnaval
caipirinha
paraíso pra quem vem de fora
decepção pra quem sabe da história..

sábado, 1 de dezembro de 2007

Marte

Marte é verde e tudo é tranquilo
Ninguém julga ninguém
Por isso ou aquilo

Eu só procuro
Me divertir
Viajando aqui, ali

Sem me preocupar
Com o que os outros vão pensar
Me sinto livre, me sinto bem

Venha comigo
Vou te mostrar
Que para se chegar a felicidade
Basta triunfar a igualdade

Venha pra Marte
Conhecer o que é arte
Música, irmão, amizade!
Isso sim, é felicidade

De manhã as aves cantam
Flores se abrem
O dia te chama
Marte, meu amigo, é uma viagem!

Aqui duendes e fadas
Vivem em harmonia
Viva você também
A vida em forma de poesia..

Idealizado por: Luiza Magrini, Guilherme Kober e Allan Gustavo.